“[...]O problema é que todos imaginam um amor a seu modo, um
amor cheio de pré-requisitos. Ao analisar o currículo do candidato, alguns
itens de fábrica não podem faltar. O seu amor tem que gostar um pouco de
cinema, nem que seja pra assistir em casa, no DVD. E seria bom que gostasse dos
seus amigos. E precisa ter um objetivo na vida. Bom humor, sim, bom humor não
pode faltar. Não é querer demais, é? Ninguém está pedindo um piloto de Fórmula
1 ou uma capa da Playboy. Basta um amor desses fabricados em série, não pode
ser tão impossível.
Aí a vida bate à sua porta e entrega um amor que não tem
nada a ver com o que você queria. Será que se enganou de endereço? Não. Está
tudo certinho, confira o protocolo. Esse é o amor que lhe cabe. É seu. Se não
gostar, pode colocar no lixo, pode passar adiante, faça o que quiser. A entrega
está feita, assine aqui, adeus.
E agora está você aí, com esse amor que não estava nos
planos. Um amor que não é a sua cara, que não lembra em nada um amor
idealizado. E, por isso mesmo, um amor que deixa você em pânico e em êxtase.
Tudo diferente do que você um dia supôs, um amor movido por discussões que você
não esperava enfrentar e por beijos para os quais nem imaginava ter tanto
fôlego. [...]”
Martha Medeiros
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